Com forte repressão policial em cima das/os servidoras/es, deputadas/os aprovam Reforma da Previdência do Estado

Com 60 votos a favor (incluindo o do presidente Cauê Macris) e 32 contrários, a Assembleia Legislativa aprovou no início da tarde desta terça-feira, dia 3 de março, em 2º turno, a proposta de Reforma da Previdência (PEC 18/19) que destrói a aposentadoria das/os servidoras/es públicas/os.

O relógio marcava quase 6 horas da manhã quando os primeiros ônibus vindos do interior e do litoral se aproximavam da Assembleia Legislativa de São Paulo. Servidoras/es dos quatros cantos do Estado lotaram todos os espaços – Plenários, corredores e ruas e avenidas do entorno – para protestar e pressionar as/os parlamentares a votarem contrários a uma proposta de Reforma da Previdência altamente nociva, que deve penalizar grande parte do funcionalismo público.

Mais uma vez, nossas/os associadas/os deram um verdadeiro exemplo e também compareceram em peso à Alesp. Nossa Diretoria esteve representada pela presidenta Maricler Real, pelo primeiro secretário Adeildo Vila Nova e pela primeira tesoureira Susana Borges.

Enquanto os deputados realizavam, no plenário, os últimos debates sobre o tema, o funcionalismo público se manifestava em todos os espaços. Para impedir a entrada de mais servidoras/es, a Polícia chegou a fechar a Casa. A Tropa de Choque entrou em cena. Professoras/es, servidoras/es do Judiciário, da saúde, e das mais diversas categorias, que lutavam por uma aposentadoria digna, passaram a ser atingidos pelos policiais com sprays de pimenta e balas de borracha.

Nem as/os servidoras/es de mais idade foram poupados da truculência policial. Enquanto o número de manifestantes feridos aumentava, a força policial pesava ainda mais a mão sobre as/os servidoras/es. E mesmo diante do caos instalado na Alesp e das milhares de servidoras/es que promoveram uma das maiores manifestações do funcionalismo público, o presidente Cauê Macris manteve a sessão até o momento de abrir a votação e, finalmente, aprovar o projeto.

Agora, o texto deverá ir para sanção do Governador ao passo em que a Alesp deverá avançar com o PLC 80/19 (que regulamenta a PEC aprovada na data de hoje). Enquanto isso, a mobilização do funcionalismo avalia quais caminhos serão adotados a partir de agora, incluindo a possibilidade de uma greve geral.

Clique AQUI para acessar a lista completa de votação e saiba quais são as/os parlamentares inimigos das/os servidoras/es públicos.

Deixe uma resposta

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.