A presidente da AASPTJ-SP, Maricler Real, e o primeiro-secretário, Adeildo Vila Nova, prestigiaram hoje (12/06) a apresentação pública da Tese de Doutorado da assistente social e nossa associada, Alberta Goes. O título do trabalho é “E agora José e Maria? O encontro com a Maioridade após uma vida em Acolhimento Institucional. Aproximações Brasil e Portugal”. O estudo é a continuidade da sua dissertação de Mestrado. A apresentação ocorreu no campus Monte Alegre, da Pontifícia Universidade Católica (PUC/SP). Alberta deteve seu olhar nos jovens conhecidos como “inadotáveis, aqueles que não voltaram para casa e os que não serão adotados”. Segundo ela, aquele que, ao completar 18 anos, tem de sair do acolhimento institucional, sem qualquer retaguarda, “sem eira, nem beira”. Alberta conta ainda que o pano de fundo de seu trabalho é a indignação pelo abandono, aquela hora que vira o relógio e o acolhido deve sair. “O trabalho busca alternativas para essa situação”, diz. Casos inseridos nesse contexto no Brasil e em Portugal foram abordados na tese. Alberta conta que as situações são bem parecidas nos dois países, mas que em Portugal há uma melhor estrutura de atendimento. “Entre as diferenças, mais de 90% dos acolhidos saem com o ensino médio completo, além de poderem permanecer nas instituições até 21 anos”. Mas, como aqui, segundo ela, também lá acontece desobediência à lei de proteção ao jovem. Predomina, de forma geral, o abandono, sem a devida cobrança do papel social do Estado.